O Digital Museum of Digital Art é um museu dedicado à promoção da realidade virtual como uma infraestrutura expositiva e um meio artístico. Ele foi concebido em 2013 pelos artistas Alfredo Salazar-Caro e William Robertson, egressos da cena de dirty new media da cidade de Chicago.
Como uma instituição nascida no seio dessa comunidade criativa, o DiMoDA atua muito próximo a suas redes, buscando envolver novos participantes por meio do comissionamento de trabalhos inéditos. Ao mesmo tempo, o museu faz valer o seu próprio caráter como projeto artístico para operar de maneira fluida e estabelecer parcerias estratégicas.
Assim como as obras que exibe, o DiMoDA existe primariamente como uma simulação computacional. O seu edifício fabuloso, inspirado em parte pelo uso do game engine Unity 3D para performances audiovisuais, não seria possível de outro modo. Trata-se de uma arquitetura que faz pleno uso da virtualidade na fabricação do espaço – uma arquitetura feita não apenas para conter obras, como também para propiciar extravagância sensorial.
Desde a sua primeira exposição, organizada em 2015 com a galeria novaiorquina Transfer, o DiMoDA já passou por quatro versões distintas. Cada uma delas apresenta a sua própria seleção de trabalhos e acontece de maneira independente, como um aplicativo a ser baixado ou apresentado na forma de instalação.
Mesmo em suas eventuais apresentações “na vida real”, o DiMoDA não se exime da própria condição tecnológica, abraçando a estética de LEDs policromáticos característica dos PCs domésticos compatíveis com sistemas de realidade virtual, voltados quase que exclusivamente para o mercado gamer.